lunes, 29 de enero de 2007

O - outro? - movimento galego

Publicamos un artigo no que se bota unha ollada xeral sobre o movimento galego en chave autónoma.

Na Galiza o movimento associativo quiçá nom viva um dos seus momentos mais ilusionantes, mas si que é 2007 um ano no que pode haver razons para a esperança. Apesar de que desde certos sectores demasiado “embiguistas” só se considere “movimento” o directamente relacionado com o nacionalismo, ou com as massas, o que leva nom só a nom ver além mas mesmo a nom ver todo o que o nacionalismo atinge.

Movimento social é bem mais que um partido político (e as suas correntes), que um sindicato, que as mocidades dum partido...um movimento… . Para *s que militamos no “movimento de movimentos” nem sequer o antes comentado som movimentos. O que nós podemos considerar como tais som colectivos autónomos, de mais ou menos gente, abertos, assembleários, com uns fins concretos, com a intençom de criar consciência mas sem querer coverter-se em ONG, independentes e que normalmente tentam romper ou luitar contra certo aspecto do sistema do que nom gosta ou, melhor dito, que lhe afecta directamente no dia a dia (trabalho, vivenda, etc...).



Na Galiza diversos colectivos trabalham com estes fins. Recapitulando na história, bem poderíamos começar por mergulhar no que se pode considerar como movimento autónomo galego. Este tivo nos protestos de começos dos 90 contra o conhecido como Serviço de Prestaçom Social um dos seus momentos álgidos já que de este movimento anti-militarista surgiu umha geraçom de pessoas com consciência que em todos os pontos do país protagonizavam diversos actos, protestos, acçons (marchas ás cadeias, acodir disfarçad*s de pres*s a um juízo em solidariedade com compas detid*s, etc....).

Também nos 90, concretamente em Ourense, tivo lugar umha grande experiência e um dos grandes passos para a agitaçom de consciências que foi a abertura do “Fogar Infantil”, antigo colégio de monjas okupado por colectivos libertários ourensáns que se convertiria num dos primeiros centros sociais do país, o caso deste foi um exemplo associativo devido a que todo o movimento autónomo ourensán que abrangia nom só os colectivos libertários mas também ao independentismo uniu-se para fazer frente ao Concelho ourensán e à Deputaçom, que deu guerra até que conseguiu desalojá-lo. O testemunho desse Fogar Infantil recolhe-o a Casa Encantada, colectivo de Compostela; também tém o seu centro social numha casa okupada. Nasce quiçá de maneira paralela ao que foi o movimento anti-militarista antes comentado, mas sem dúvida faz e fez um dos trabalhos mais importantes, que nom é outro que o de colaborar com colectivos de pessoas presas e com as suas famílias; o colectivo de drogodependentes também foi peça chave deste colectivo que ainda que a dia de hoje possui local próprio e que foi várias vezes desalojado e perseguido polo concelho de Compostela.

Mas estes dous só fôrom os primeiros dumha longa lista de centros sociais que a dia de hoje percorrem toda a geografia galega; tanto é assim que hoje as sete cidades galegas e outras tantas vilas já tenhem o seu local. Isto pode-nos dar umha pequena ideia já de cómo está a coisa.Sem dúvida destes centros saem dia a dia novas iniciativas com o fím de dinamizar a vida das populaçons nas que estám assentadas. Delas podemos salientar, por exemplo, o trabalho de contra-informaçom realizado desde vários deles, que contam com Rádios Livres (Filispim, Kalimera, Piratona,etc...) Nas margens contrainformativas nasce também um jornal, quiçá nom tam relacionado com os centros mas que é umha iniciativa inovadora. Assim, o Novas da Galiza leva uns anos actuando como voz do movimento, sobretodo do independentismo galego.

Com tudo, ao que me referia antes quanto a movimento asociativo, e à Galiza viver um relativo bom momento, é devido a que “por culpa” dessa rede de Centros Sociais em expansom está a surgir umha grande variedade de colectivos, alguns locais, outros a nível nacional, que ainda sem inovar no seu trabalho diário o certo é que tentam ocupar o espaço político deixado por outr*s de umha maneira alternativa. Já pondo exemplos, encontramos na Corunha o colectivo Maribolheras Precárias que rompendo a dinámica de organizaçom feminista ou colectivo gai corrente bebe directamente do que é o movimento queer, com tudo o que significa libertaçom sexual, rompendo com os estereótipos de “capitalismo rosa” com os que joga todo este tipo de colectivos. A sua acçom mais importante foi a saída à rua o 28 de junho de 2006 coincidindo com o dia do ogulho gai e em solidariedade com as pessoas organizadoras do queeruption repressaliadas polo governo de Israel.

Também o movimento pola vivenda digna tem na Galiza o seu peso; diversos colectivos como “Precári*s em luita” de Vigo que arredor de 2006 realizou várias acçons entorno a isto tenta levar à rua o que é umha das grandes eivas da mocidade e que para certas organizaçons juvenis é umha legenda ideal para um cartaz, mas que nom parece adequado levar à rua. Esta actuaçom em distintos campos também leva à inovaçom, como pode ser o caso de Fuga Em Rede, colectivo de recentemente criado por pessoas que durante os últimos meses estivérom em diversas zonas de conflito (Palestina, Chiapas, Oaxaca, etc..) e agora compartilham essas experiências, ademais de realizar obradoiros para aquelas pessoas que queiram seguir o seu caminho. Mesmo tenhem dinamizado acçons de rua em solidariedade com as luitas sociais que com diferente êxito se dirimem a escala global (Atenco, Oaxaca, etc...). Em aspectos laborais a Assembleia de Precári*s de Compostela tém realizado diversas acçons contra o patronato e contra numerosos comércios conhecidos por terem um trato de tintes escravistas para com *s trabalhador*s.

É algo salientável devido a que, além dos sindicatos, nom existia associacionismo activo de denúncia entorno aos possíveis abusos, mas graças a este colectivo há, e de umha forma alternativa, inovadora e independente. Também na Galiza de 2007 parece que estamos assistindo ao reagir do movimento estudantil que parecia ter recebido com a LOU a sua sentença de morte, mas que com a aprovaçom e próxima implantaçom do Plano de Bolonha, que prevé a total mercantilizaçom do ensino, vê como umha grande conscienciaçom anti-capitalista e anti-mercantilista volve surgir desde as aulas. Nesta linha, movimentos assembleários de faculdade estám-se a implantar com mais velocidade nos cámpus galegos, quiçá com mais força em Compostela mas com certa aspiraçom a nível nacional.

Em conclusom o movimento galego apesar de que desde fora se veja como algo que só actua e sai à rua em casos concretos (LOU, guerra, Prestige) parece estar inserido num contínuo trabalho micropolítico que o leva à experimentaçom e à conformaçom de umha inteligência colectiva mui a assinalar nestes momentos de claro precipício movimentista bem no plano estatal, bem no plano europeu. Porém, cumpre começar a analisar o movimento numha chave, geral e holística, que atenda a um movimento no difuso e no concreto, tratando de ler desde e máis alá das clássicas estratificaçons de massa e classe, partido e tomada do poder que nos guiarom nas décadas passadas. Cumpre pois, um amplo espaço para a esperança.


Sr Dani Cao, activista
Tirado de galizalivre.org

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